Prefeitura diz que reforma no mercado será feita para a criação de um teatro
A três meses de completar 100 anos, o Mercado de São Brás vive praticamente de aparências. Há três anos, a fachada passa por reparos, mas a boa conservação externa esconde infiltrações, goteiras e problemas graves nas instalações elétricas e nas colunas. Em meio às negociações para transformar a nave central do Mercado em teatro municipal, os mais de 500 vendedores que trabalham no local apontam os problemas.
As colunas de pedra estão constantemente encharcadas. A água das chuvas escorre pelo telhado de amianto e se espalha pelas paredes até o chão, onde fica empoçada. No prédio do setor de refeições, atrás da nave central, o telhado não resistiu às chuvas e os vendedores improvisaram telhados internos e calhas para se proteger.
Geraldo Lisboa, representante do setor de refeições, afirma que a pintura feita entre 2008 e 2009 criou outros problemas. "Acabou quebrando telhas e criando essas goteiras", relata Geraldo.
Danificadas pela umidade e pela falta de manutenção, as instalações elétricas são um risco. Não há extintores, nem qualquer outro sistema de prevenção ou combate a incêndios.
A Secretaria Municipal de Economia, responsável pela conservação de feiras e mercados de Belém, informou que remanejará ainda em 2011 os feirantes que trabalham dentro do Mercado de São Brás. "Os vendedores vão para a área que hoje abriga o hortifrutigranjeiro e o mercado de peixe e carne", afirma Luiz Carlos Silva, diretor do Departamento de Feiras e Mercados da Secon. Ainda segundo ele, o remanejamento atende a uma demanda do próprio prefeito. Questionado sobre os problemas estruturais no prédio, Luiz Carlos Silva afirmou que todos os problemas detectados pela reportagem serão sanados na reforma que adaptará o espaço do Mercado para funcionar como teatro.
Fonte: www.orm.com.br
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