(Foto: Cézar Magalhães)
No centro histórico de Belém encontram-se legítimas construções do próspero Ciclo da Borracha. À época do desenvolvimento econômico proveniente da exportação do látex extraído das seringueiras, a cidade passava por uma intensa remodelação urbana. Com isso, no governo do intendente Antonio Lemos (1897-1912) novas formas de pensar o espaço da cidade foram postas em prática. O ferro, material já muito utilizado na Europa, começou a ser implantado em projetos urbanísticos no Estado.
Hoje, a capital paraense é conhecida por ter um conjunto de monumentos em ferro, como mercados, chalés, coretos e demais construções. Com a aposta no acesso à informação e na educação como forma de despertar valores éticos, de cidadania e de responsabilidade coletiva no trato com a memória e o bem públicos, o DIÁRIO desenvolve o projeto “A Era do Ferro no Pará”. Com patrocínio da Vale, a realização deste projeto cumpre a demanda por um trabalho de educação patrimonial com foco na arquitetura do ferro, período fausto da borracha quando a capital paraense se consolidou como importante centro urbano da região amazônica. O diretor geral da Rede Brasil Amazônia de Comunicação, Camilo Centeno, destaca a premissa da realização. “Esses monumentos marcaram uma época e mudaram a cidade. O projeto resgatea essa história, com a valorização do nosso patrimônio e educação, para que os paraenses conheçam melhor seu passado”, diz.
Miniaturas serão veiculadas a partir de abril
O coordenador e idealizador do projeto, Armando Sobral, diz que “o desafio é conscientizar a sociedade sobre a importância em preservar nossos bens culturais e estimular em todos um posicionamento crítico favorável ao resguardo da memória coletiva”. As atividades já começaram, com a abertura do Laboratório de Maquetes, instalado no Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA). Lá serão analisados nove prédios e produzidos estudos tridimensionais de cada uma dessas construções históricas: Mercado de Peixe, Mercado de Carne, Estação Gasômetro, Chalé de Ferro da UFPa, Galpão das Docas; Caixa d’ água de São Braz; Relógio do Ver-o-Peso; Coreto da Praça da República; e Farol de Salinas.
O coordenador e idealizador do projeto, Armando Sobral, diz que “o desafio é conscientizar a sociedade sobre a importância em preservar nossos bens culturais e estimular em todos um posicionamento crítico favorável ao resguardo da memória coletiva”. As atividades já começaram, com a abertura do Laboratório de Maquetes, instalado no Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA). Lá serão analisados nove prédios e produzidos estudos tridimensionais de cada uma dessas construções históricas: Mercado de Peixe, Mercado de Carne, Estação Gasômetro, Chalé de Ferro da UFPa, Galpão das Docas; Caixa d’ água de São Braz; Relógio do Ver-o-Peso; Coreto da Praça da República; e Farol de Salinas.
O arquiteto Edileno Martins, coordenador do laboratório, atua ao lado de onze estudantes de arquitetura e urbanismo para desenvolver as maquetes de papel. “Primeiro nós fazemos uma pesquisa de campo, uma visita aos prédios, para levantamento de dados e então vamos para o laboratório montar as maquetes. Essa atividade envolve o desenho e as transferências de escalas técnicas para fazer objetos de papel”, explica o coordenador. Com a concepção do modelo ideal, esses protótipos serão reproduzidos em larga escala e encartados no jornal Diário do Pará, a partir de abril, aos domingos. O leitor vai ter acesso a informações mais detalhadas sobre os prédios e poderá montá-los, seguindo as instruções de recorte, colagem e dobraduras. Serão doze encartes, já que o Mercado de Carne e o Mercado de Peixe exigem, por sua extensão, duas publicações.
Para além da academia
O envolvimento dos estudantes é parte importante do projeto e foi pensado especialmente para que eles possam discutir e pensar sobre aspectos importantes da memória da cidade. “Envolvemos os estudantes de arquitetura para complementar a formação profissional daqueles que futuramente vão atuar na área urbana de Belém”, diz Armando Sobral. A estudante Sâmia Barbosa acrescenta que “o projeto proporciona a interação do público com a maquete e tira do âmbito apenas acadêmico as discussões acerca do patrimônio tomando um contexto mais popular”, analisa.
O envolvimento dos estudantes é parte importante do projeto e foi pensado especialmente para que eles possam discutir e pensar sobre aspectos importantes da memória da cidade. “Envolvemos os estudantes de arquitetura para complementar a formação profissional daqueles que futuramente vão atuar na área urbana de Belém”, diz Armando Sobral. A estudante Sâmia Barbosa acrescenta que “o projeto proporciona a interação do público com a maquete e tira do âmbito apenas acadêmico as discussões acerca do patrimônio tomando um contexto mais popular”, analisa.
Programação
Além do laboratório, a programação do projeto inclui uma palestra para pensar a arquitetura histórica no contexto contemporâneo da cidade. A atividade “A Era do Ferro no Pará – História passada, histórias presentes” vai reunir os professores Dr. Aldrin Figueiredo, a diretora do Museu, Jussara Derenji e o professor de arquitetura Jaime Bibas, também no MUFPA. O projeto terá ainda a inclusão dos estudantes das escolas públicas, que serão contemplados com uma exposição itinerante com o resultado das peças produzidas no Laboratório de Maquetes.
Além do laboratório, a programação do projeto inclui uma palestra para pensar a arquitetura histórica no contexto contemporâneo da cidade. A atividade “A Era do Ferro no Pará – História passada, histórias presentes” vai reunir os professores Dr. Aldrin Figueiredo, a diretora do Museu, Jussara Derenji e o professor de arquitetura Jaime Bibas, também no MUFPA. O projeto terá ainda a inclusão dos estudantes das escolas públicas, que serão contemplados com uma exposição itinerante com o resultado das peças produzidas no Laboratório de Maquetes.
Fonte: Diário do Pará Online
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