segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Museu Histórico de Alcântar reabre as portas para visitação

MARANHÃO, São Luis - O Museu Histórico de Alcântara (MHA), órgão da secretaria de estado da Cultura, vinculado à administração do Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM), inaugurado há mais de sete anos, instalado num casarão da praça Gomes de Castro (praça do Pelourinho) na cidade de Alcântara, reabriu suas portas ao público na quinta-feira (4 de agosto), depois de passar por uma reforma na estrutura física do prédio. 

A reabertura que contou com a presença do secretário da cultura Luis Bulcão, da diretora da casa Lia de Macedo Braga Oliveira, prefeito municipal de Alcântara, autoridades alcantarenses e convidados, aconteceu às 10h e teve na programação de reabertura duas exposições itinerantes: Josué Montello, da Casa de Cultura Josué Montello que permanecerá aberta à visitação por uma semana e,Ditadura-direito à memória e direito à verdade, que poderá ser vista até dezembro de 2011; apresentação do mímico Gilson César, Caixeiras do Divino Espírito Santo de Alcântara. 

As exposições contam com um rico acervo, onde a pertencente à Casa de Josué Montello que vem sendo mostrada em municípios maranhenses desde o ano de 2009, mostra um pouco do acervo da Casa sobre o ilustre escritor maranhense, retratando momentos da vida literária e profissional do escritor, composta por 30 painéis com fotografias, recortes de jornal, correspondências e artigos, 150 livros, entre obras do próprio autor e de outros escritores maranhenses, além de um vídeo documentário.

A exposição Ditadura-direito à memória e direito a verdade, é um documentário da época do regime militar de 1964 a 1978, doada pela secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República ao Museu Histórico e Artístico do Maranhão, retrata o período da repressão política no Brasil, composta de fotografias, documentos, imagens de pessoas comuns, personalidades políticas, celebridades e artistas falecidos, desaparecidos e presos, textos, letras de música de compositores brasileiros, recortes de matérias jornalísticas da época e de movimentos estudantis secundários e universitários.

“Essa exposição fala da importância daquele período para história do Brasil e é o primeiro passo que os governos federal e estadual dão para que as pessoas tenham acesso às informações abertas daquela época, de um regime fechado da nossa história. Com esse documentário estamos dando aos historiadores um rico material para que a nossa história possa ser reescrita. Com essas duas exposições o Museu de Alcântara reabre com uma nova museografia”, ressalta Luiza Raposo, diretora do MHAM. 

HistóriaO Museu de Alcântara foi criado sob a lei 3.899, de 20 de outubro de 1977, com apoio da Embratur e Maratur, sendo um órgão da Secretaria do Estado do Maranhão (SECMA).

O processo de revitalização de toda a estrutura física do prédio levou dois anos para ser concluído. A turismóloga e chefa do Museu Histórico de Alcântara, Lia de Macedo Braga Oliveira, informa que desde 1948, a cidade de Alcântara, quando completou 300 anos de fundação, foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN. “Esta reabertura é um resgate da própria cidade de Alcântara, é um momento impar para a população alcantarense e para o Maranhão”, afirma.

Instalado em um belo casarão em estilo colonial do século XIX, o MHA é revestido de azulejos portugueses na fachada, de planta em formato L, janelas em guilhotina, balcões com base de pedra e granil e portais emoldurados em pedra de lioz; o Museu de Alcântara sempre foi palco de visitação de turistas na cidade.

No seu acervo contam peças de mobiliários, louças, objetos adornados e de Arte Sacra com exemplares de santos maranhenses dos séculos XVII ao XIX, em tamanho médio ou natural, além de uma interessante coleção de cabeças de santos esculpidas em madeira, além de vitrines que expõem jóias valiosas do tesouro de irmandades religiosas, como as S. Benedito, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora do Livramento entre outras, em ouro, prata e pedrarias.

As pinturas antigas como as da igreja Nossa Senhora do Carmo também fazem parte do acervo que compõe o Museu. Todas as peças são oriundas do Museu Artístico do Maranhão (MHAM), da Prefeitura Municipal de Alcântara, da Prelazia de Pinheiro; das irmandades católicas e de doações das famílias da cidade.

O Museu de Alcântara pode ser visitado de terça a domingo, no horário das 9h às 14h e tem uma taxa de R$ 1,00 para entrada, por pessoa.

Fonte: Ascom.Secma - texto: James Esdras / Mario Ferreira / www.revistamuseu.com.br / 08/08/2011

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