A tela “Cólera Morbus”, do artista paraense Constantino Pedro Chaves da Motta, será entregue hoje (8) pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult) à Prefeitura de Cametá, sendo reintegrada ao acervo do Museu Histórico de Cametá Raimundo Penafort de Sena. Produzida na segunda metade do século XIX, em óleo sobre tela, a tela foi restaurada no laboratório de conservação e restauro do Sistema Integrado de Museus (SIM).
A cerimônia de entrega, que será aberta ao público, marca a reabertura do Museu Raimundo Penafort de Sena e contará com uma mesa-redonda sobre o tema “Processo de Restauração e Preservação do Patrimônio Cultural”, com os técnicos do SIM. O museu foi readaptado para receber a obra.
“Cólera Morbus” é considerada uma preciosidade do patrimônio cultural da cidade. Mede 3,84 metros de largura por dois metros de altura e se encontrava em total estado de degradação, apresentando perda de elementos estéticos, infestação por cupins, rasgos no tecido, além da oxidação que não permitia a apreciação da cena idealizada pelo artista sobre a epidemia de cólera que assolou o município de Cametá nos idos do século XIX.
A restauração foi acompanhada por uma pesquisa histórica realizada pela equipe do SIM. Juntamente com a tela restaurada serão doados ao Museu Histórico de Cametá dois painéis expositivos sobre a obra e o artista.
Para subsidiar futuras pesquisas e consultas, também será repassado ao museu um dossiê sobre o processo de restauro, textos e artigos publicados sobre a obra. Um dos trabalhos é do historiador Augusto Meira Filho e foi apresentado em 1975, no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, com o título “Contribuição à História da Pintura na Província do Gram-Pará no Segundo Reinado: Esboço Biográfico de um Pintor Esquecido”.
Neste mês de julho uma equipe do SIM estará em Cametá para acompanhar o trabalho de montagem da tela no seu local de exposição.
A cerimônia de entrega, que será aberta ao público, marca a reabertura do Museu Raimundo Penafort de Sena e contará com uma mesa-redonda sobre o tema “Processo de Restauração e Preservação do Patrimônio Cultural”, com os técnicos do SIM. O museu foi readaptado para receber a obra.
“Cólera Morbus” é considerada uma preciosidade do patrimônio cultural da cidade. Mede 3,84 metros de largura por dois metros de altura e se encontrava em total estado de degradação, apresentando perda de elementos estéticos, infestação por cupins, rasgos no tecido, além da oxidação que não permitia a apreciação da cena idealizada pelo artista sobre a epidemia de cólera que assolou o município de Cametá nos idos do século XIX.
A restauração foi acompanhada por uma pesquisa histórica realizada pela equipe do SIM. Juntamente com a tela restaurada serão doados ao Museu Histórico de Cametá dois painéis expositivos sobre a obra e o artista.
Para subsidiar futuras pesquisas e consultas, também será repassado ao museu um dossiê sobre o processo de restauro, textos e artigos publicados sobre a obra. Um dos trabalhos é do historiador Augusto Meira Filho e foi apresentado em 1975, no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, com o título “Contribuição à História da Pintura na Província do Gram-Pará no Segundo Reinado: Esboço Biográfico de um Pintor Esquecido”.
Neste mês de julho uma equipe do SIM estará em Cametá para acompanhar o trabalho de montagem da tela no seu local de exposição.
Vida e obra do artista
Constantino Pedro Chaves da Motta nasceu em Belém em 10 de junho de 1820. Filho de Ferreira da Motta e Maria Úrsula, se aperfeiçoou na arte do desenho e pintura em Roma no ano de 1847, na qualidade de pensionista (bolsista) da Província do Grão-Pará, retornando a Belém em 1855.
Em 1856, o então Presidente de Província, Henrique de Beaurepaire Rohan, encarregou Constantino Pedro Chaves da Motta de compor um painel sobre a dedicação do falecido Vice-Presidente Ângelo Custódio Corrêa, vitimado pela cólera no ano anterior, evocando a memória do “tão prestante cidadão”. Esta encomenda era igualmente uma forma de avaliar seus estudos de pintura na cidade italiana, custeados pela administração provincial. Deliberou ainda o Presidente que o artista fosse a Cametá colher informações e detalhes paisagísticos da cidade para seu projeto. Ao artista coube então o feito de expressar por meio das tintas a homenagem dos governantes, frisada em seus Relatórios Provinciais, pela ação de Ângelo Custódio Corrêa em tempos de cólera.
Entre suas atividades de artista, Constantino da Motta desempenhou também o ofício de professor, sendo nomeado pelo governo imperial professor de desenho e pintura no Colégio Nossa Senhora do Amparo e, posteriormente, no Liceu Paraense e na Escola Normal, criada em 1875.
Em 1889, aos 69 anos, faleceu em sua terra natal, deixando em suas telas a interpretação de um artista acerca dos feitos e personalidades que marcaram o seu tempo, como os famosos retratos que ganharam forma em suas pinceladas. Dentre as suas obras, destaca-se ainda “Retrato de D. Pedro II” (1875). (Diário do Pará)
Constantino Pedro Chaves da Motta nasceu em Belém em 10 de junho de 1820. Filho de Ferreira da Motta e Maria Úrsula, se aperfeiçoou na arte do desenho e pintura em Roma no ano de 1847, na qualidade de pensionista (bolsista) da Província do Grão-Pará, retornando a Belém em 1855.
Em 1856, o então Presidente de Província, Henrique de Beaurepaire Rohan, encarregou Constantino Pedro Chaves da Motta de compor um painel sobre a dedicação do falecido Vice-Presidente Ângelo Custódio Corrêa, vitimado pela cólera no ano anterior, evocando a memória do “tão prestante cidadão”. Esta encomenda era igualmente uma forma de avaliar seus estudos de pintura na cidade italiana, custeados pela administração provincial. Deliberou ainda o Presidente que o artista fosse a Cametá colher informações e detalhes paisagísticos da cidade para seu projeto. Ao artista coube então o feito de expressar por meio das tintas a homenagem dos governantes, frisada em seus Relatórios Provinciais, pela ação de Ângelo Custódio Corrêa em tempos de cólera.
Entre suas atividades de artista, Constantino da Motta desempenhou também o ofício de professor, sendo nomeado pelo governo imperial professor de desenho e pintura no Colégio Nossa Senhora do Amparo e, posteriormente, no Liceu Paraense e na Escola Normal, criada em 1875.
Em 1889, aos 69 anos, faleceu em sua terra natal, deixando em suas telas a interpretação de um artista acerca dos feitos e personalidades que marcaram o seu tempo, como os famosos retratos que ganharam forma em suas pinceladas. Dentre as suas obras, destaca-se ainda “Retrato de D. Pedro II” (1875). (Diário do Pará)
Fonte: www.diarioonline.com.br 08/07/2010
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