Oficina Santa Terezinha onde abrigava antiga oficina metalúrgica Imagem: Circular Campina - Cidade Velha |
Nos
últimos 79 anos, a Oficina Santa Terezinha, que fica na Cidade Velha, funcionou
como uma metalúrgica, fazendo fundições, soldagens, usinagem, manutenção de
máquinas e outros serviços que atendem ao parque fabril paraense. A partir de
hoje, a empresa fundada em 1936 passa a ser mais do que uma fábrica: se torna
uma espaço capaz de agregar artistas, em especial os que transformam metal em
obras de arte.
Uma
exposição coletiva marca a integração do termo “espaço cultural” ao nome da
oficina, com a finalidade de incentivar a arte produzida em Belém e promover
intercâmbio com produtores de todas as nacionalidades que se interessarem em
participar dessa iniciativa. “Esse lugar vem amadurecendo como espaço cultural
ao longo dos anos. O (Francisco) Del Tetto Jr, que é filho do dono, o seu Chico,
como artista já havia explorado esse espaço utilizando os conhecimentos
técnicos do local e os aplicando em suas obras. Conheci a oficina em 2009 Com o
tempo percebemos que a oficina tem esse potencial e testamos isso ao longo do
projeto Circular Campina, quando mostramos o espaço dessa forma ao público pela
primeira vez, e tivemos um retorno muito bom, o que nos deu certeza que
transformá-lo em um espaço fixo de cultura seria um bom caminho”, diz Elaine
Arruda, uma das organizadoras do espaço.
Visitação do novo espaço durante o Projeto Circular Imagem: Circular Campina - Cidade Velha |
Para
celebrar esse momento eles reuniram um time de peso e muito conhecimento
artístico para expor suas obras e preencher a oficina de arte. Além de Del Tetto Jr.
e da própria Elaine Arruda, também Éder Oliveira, Rodrigo José, Elisa Arruda,
Débora Oliveira, Coletivo Pitiú, Kauê Lima, Bode, Diogo Vianna, Armando
Sobral, PP Condurú, Guy
Veloso, Keyla
Sobral, Luís Júnior e Starllone
Souza propuseram trabalhos em videomapping,
fotografia, desenho, gravura, intervenção, performance e pintura. A Roda de
Choro, do grupo Café com Leite, com Carla Cabral, Diego Santos, Marcelo Ramos e
Rafaela Bittencourt, promove a música, enquanto a gastronomia ficará com a sanduicheria The
Nine, inspirada na culinária amazônica.
“Será
um evento onde reuniremos artistas que trarão obras de temas que têm, de alguma
forma, relação com o espaço, ou que evoquem esse lugar. Teremos desde trabalhos
novos até coisas que já tínhamos em acervo. Depois disso o local está aberto à
proposições de artistas de todas as áreas. A ideia é integrar as linguagens”,
afirma Elaine, e completa: “Vejo como uma forma de agradecer ao Seu Chico pelo
apoio, e aos funcionários da oficina pela convivência e troca de
experiências”.
A
exposição é apenas o primeiro evento e os organizadores querem que o local seja
um espaço também para a população, que terá acesso gratuito. “Para um futuro
breve já queremos ter uma exposição permanente e eventos mensais, com oficinas
e workshops. Além disso planejamos projetos com crianças e comunidade local,
transformando esse espaço marginalizado”, planeja Elaine, que pensa em
futuramente lançar editais de residência artística e trazer artistas de outros
lugares do Brasil para trabalhar no local.
Fonte: DolOnLine
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