Em 16 de abril de 1901, há exatos 111 anos, era fundada a Biblioteca e Arquivo Público do Estado do Pará. Durante este mais de um século de existência, muita coisa aconteceu com o Arquivo. A biblioteca foi separada e seu acervo foi transferido para o prédio da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, o histórico prédio da Travessa Campos Sales sofreu inúmeras adaptações para comportar o aumento do acervo e o Apep transformou-se em referência em pesquisa histórica em todo o Brasil.
Para comemorar essa trajetória, as portas do Arquivo Público foram abertas nesta segunda-feira, 16, para a população, com programação para crianças, adolescentes e o público em geral. As atividades iniciaram às 9 horas da manhã com a apresentação do grupo de contadores de história “Cirandeiros da Palavra”. Com uma mistura de música, narrativa e poesia, os contadores Andrea Cozzi e Rodrigo Grilo apresentaram histórias que prenderam a atenção dos alunos da terceira série do Ensino Fundamental da Escola Municipal Honorato Filgueiras.
A visita dos alunos foi a segunda parte de uma atividade integrada entre o Apep e a escola, que iniciou na última terça-feira. Os servidores do Arquivo Público apresentaram as atividades do Apep para as crianças. Para a coordenadora pedagógica da Escola Honorato Filgueiras, Keila Ramos, a visita foi uma experiência única para as crianças. “É a primeira vez que elas visitam um prédio histórico e esse acesso à cultura faz parte da linha de trabalho da escola, que é formar cidadãos através da leitura”, completou. A intenção agora é fazer com que o grupo de alunos que visitou o Apep transmita para outras turmas um pouco do que viram, através de atividades dentro da escola.
Depois, a programação teve como convidado o mestre das histórias da Amazônia, Walcyr Monteiro. Ele falou um pouco sobre o seu trabalho de catador de lendas da floresta, como apresenta o seu mais conhecido trabalho “Visagens e Assombrações de Belém”. O público presente viu um breve documentário sobre o escritor e, como não podia deixar de ser, ele contou uma de suas conhecidas lendas com uma pitada de sobrenatural.
Ainda durante a manhã, o público que visitou o Arquivo Público viu um pouco do trabalho de alguns dos membros do Grupo Coletivo de Animadores de Caixa. Acostumados a intervenções em locais públicos abertos, os artistas Mariléia Aguiar com a performance “A Saudade do Sonho” e Aníbal Pacha com a performance “Yael”, adentraram o salão do Apep com suas caixas fechadas e despertaram a curiosidade de quem estava presente. Acompanhados das melodias dos instrumentos de sopro de Duga Borges, os artistas cativaram com as simples e inventivas apresentações, todas realizadas dentro de uma caixa e apresentadas individualmente.
Além disso, estão expostas no salão do Apep para o público que visita a instituição fotos produzidas durante a oficina de fotografia ministrada por Bob Menezes na última sexta-feira, dia 13 de abril. A oficina percorreu os espaços do prédio do Arquivo Público e produziu uma série de imagens que revelam detalhes do Apep, muitos deles que escapam do público que visita o Arquivo regularmente, como detalhes dos laboratórios de preservação e documentação permanente.
Também estão expostos no salão do Arquivo Público originais de documentos raros que fazem parte do acervo, como cartas régias e provisões dos séculos XVII e XVIII, termos e homenagens do governo, datadas de 1808, além de algumas das iconografias como plantas de povoados e desenhos da flora amazônica feitas no século XVIII e XIX. O destaque dessa exposição é uma parte da obra “Descripção de todo o marítimo da Terra de Sta. Crus, chamado vulgarmente O Brazil”.
A programação de aniversário do Apep segue durante toda a tarde com a visita dos alunos da Escola Bosque e a apresentação de Eliana Barriga, no salão da instituição. Ainda como parte das comemorações do aniversário do Arquivo Público, será lançado às 18h o Catálogo de Documentos Manuscritos do Período Colonial (1649-1823), produto final do projeto “Preservação e Acesso: Digitalização da Documentação da Colônia”, realizado pela Associação dos Amigos do Arquivo Público do Estado do Pará, com patrocínio do Edital Caixa Cultural.
(Agência Pará)
Para comemorar essa trajetória, as portas do Arquivo Público foram abertas nesta segunda-feira, 16, para a população, com programação para crianças, adolescentes e o público em geral. As atividades iniciaram às 9 horas da manhã com a apresentação do grupo de contadores de história “Cirandeiros da Palavra”. Com uma mistura de música, narrativa e poesia, os contadores Andrea Cozzi e Rodrigo Grilo apresentaram histórias que prenderam a atenção dos alunos da terceira série do Ensino Fundamental da Escola Municipal Honorato Filgueiras.
A visita dos alunos foi a segunda parte de uma atividade integrada entre o Apep e a escola, que iniciou na última terça-feira. Os servidores do Arquivo Público apresentaram as atividades do Apep para as crianças. Para a coordenadora pedagógica da Escola Honorato Filgueiras, Keila Ramos, a visita foi uma experiência única para as crianças. “É a primeira vez que elas visitam um prédio histórico e esse acesso à cultura faz parte da linha de trabalho da escola, que é formar cidadãos através da leitura”, completou. A intenção agora é fazer com que o grupo de alunos que visitou o Apep transmita para outras turmas um pouco do que viram, através de atividades dentro da escola.
Depois, a programação teve como convidado o mestre das histórias da Amazônia, Walcyr Monteiro. Ele falou um pouco sobre o seu trabalho de catador de lendas da floresta, como apresenta o seu mais conhecido trabalho “Visagens e Assombrações de Belém”. O público presente viu um breve documentário sobre o escritor e, como não podia deixar de ser, ele contou uma de suas conhecidas lendas com uma pitada de sobrenatural.
Ainda durante a manhã, o público que visitou o Arquivo Público viu um pouco do trabalho de alguns dos membros do Grupo Coletivo de Animadores de Caixa. Acostumados a intervenções em locais públicos abertos, os artistas Mariléia Aguiar com a performance “A Saudade do Sonho” e Aníbal Pacha com a performance “Yael”, adentraram o salão do Apep com suas caixas fechadas e despertaram a curiosidade de quem estava presente. Acompanhados das melodias dos instrumentos de sopro de Duga Borges, os artistas cativaram com as simples e inventivas apresentações, todas realizadas dentro de uma caixa e apresentadas individualmente.
Além disso, estão expostas no salão do Apep para o público que visita a instituição fotos produzidas durante a oficina de fotografia ministrada por Bob Menezes na última sexta-feira, dia 13 de abril. A oficina percorreu os espaços do prédio do Arquivo Público e produziu uma série de imagens que revelam detalhes do Apep, muitos deles que escapam do público que visita o Arquivo regularmente, como detalhes dos laboratórios de preservação e documentação permanente.
Também estão expostos no salão do Arquivo Público originais de documentos raros que fazem parte do acervo, como cartas régias e provisões dos séculos XVII e XVIII, termos e homenagens do governo, datadas de 1808, além de algumas das iconografias como plantas de povoados e desenhos da flora amazônica feitas no século XVIII e XIX. O destaque dessa exposição é uma parte da obra “Descripção de todo o marítimo da Terra de Sta. Crus, chamado vulgarmente O Brazil”.
A programação de aniversário do Apep segue durante toda a tarde com a visita dos alunos da Escola Bosque e a apresentação de Eliana Barriga, no salão da instituição. Ainda como parte das comemorações do aniversário do Arquivo Público, será lançado às 18h o Catálogo de Documentos Manuscritos do Período Colonial (1649-1823), produto final do projeto “Preservação e Acesso: Digitalização da Documentação da Colônia”, realizado pela Associação dos Amigos do Arquivo Público do Estado do Pará, com patrocínio do Edital Caixa Cultural.
(Agência Pará)
Fonte: Diário do Pará
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