sexta-feira, 3 de junho de 2011

Rocinha do Museu Goeldi em álbum sobre Patrimônios do Brasil

Agência Museu Goeldi - No século XIX, um tipo especial de habitação espalhou-se pelos arredores de Belém. As rocinhas, como eram chamadas, constituíram-se em vivendas rurais características da cidade, utilizadas por seus proprietários como casa para temporadas de descanso. 

A rocinha do Museu Paraense Emílio Goeldi foi construída em 1879 para a residência de Bento José da Silva Santos, cujas iniciais ainda podem ser lidas no alto da porta central. Em 1895, foi adquirida pelo Governo do Pará para a instalação do Museu, sem uma sede definida desde que fora criado, em 1866. No prédio, o então diretor, o zoólogo Emílio Goeldi (1859-1917), instalou exposições, gabinetes e a biblioteca.

Esse é um dos poucos exemplares que sobreviveram entre as mais de 300 rocinhas que existiam na cidade e o único onde é possível a visitação pública. A preservação de suas características arquitetônicas foi garantida por meio de intervenções realizadas na década de 1970 e em 2003-2005, quando o prédio foi restaurado e adaptado. 

Desde então, abriga exposições, o Centro de Visitantes e o Serviço de Educação do Museu Goeldi. O nome do edifício homenageia o criador do Museu, o mineiro Domingos Soares Ferreira Penna (1818-1888). Em razão de seu valor artístico e histórico, sua fachada foi adotada como logomarca e símbolo maior do Museu Goeldi.

Devido ao seu valor histórico e representativo de seu estilo arquitetônico, a Rocinha participa do projeto da Azougue Editorial, um livro sobre ‘Patrimônios do Brasil – projetos de restauração e memória’, com fotografias e textos sobre 20 exemplares do patrimônio histórico e cultural brasileiros em edição trilíngue com textos em português, espanhol e inglês. 
Para evidenciar a diversidade cultural brasileira, o livro registra patrimônios das cinco regiões do país. Da região norte, apenas o Pavilhão Domingos Soares Ferreira Penna, a Rocinha do Museu Emílio Goeldi e o Teatro Amazonas (AM) foram incluídos. O projeto é patrocinado pelo Ministério da Cultura e pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).

Azougue Editorial - Criada em 2001, como extensão da revista Azougue, é considerada uma das mais importantes revistas literárias em atividade no Brasil. Tem como proposta ser uma editora de intervenção no cenário cultural brasileiro. Para isso, atua em três frentes: na pesquisa e disponibilização de documentos fundamentais para a compreensão da história recente; na abertura de espaço para as novas produções; e na reflexão crítica sobre cultura e sociedade.
Fonte:Museu em Pauta - www.museu-goeldi.br  03/06/2011

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