sexta-feira, 29 de junho de 2012

Tradição de junho e quase esquecido, o Pássaro é objeto de estudo no IAP, que já mostra resultados


Manifestação típica de Belém do Pará, os pássaros juninos com o tempo foram perdendo a força na tradição cultural da cidade. Por isso, o Instituto de Artes do Pará (IAP) lançou um projeto para valorizar a manifestação dos pássaros, que engloba diversas linguagens cênicas, populares e do audiovisual.
O resultado das primeiras experimentações acontece hoje (29), a partir das 20h, no anfiteatro do Instituto de Artes do Pará (IAP). A direção e coordenação geral do projeto é de José Leal, com coreografia de Houlon Ho e direção musical de Heitor Pinheiro. Na ocasião, será apresentado uma leitura performática para alguns convidados relacionados ao teatro e um pequeno público.

"A gente esta trabalhando com vários atores profissionais e amadores, diretores de pássaros e de teatro, brincantes entre outros. São 39 pessoas, além de coreógrafos, músicos e outros profissionais. Estamos fazendo uma pesquisa sobre os pássaros, e vendo de que forma podemos modernizar alguns pontos dessa manifestação, já que desde a década de 70 a linguagem é a mesma, o texto é o mesmo. Por isso, a tradição acaba se perdendo", explica o diretor José Leal.

Os pássaros juninos são o resultado da mistura das óperas que se apresentavam na cidade durante o Ciclo da Borracha com a cultura popular radiofônica dos anos seguintes, durante quase quatro décadas eles conheceram o sucesso nos teatros, nos centros comunitários e nas ruas de Belém. Uma época de glória que ficou para trás, superada, principalmente, pelo surgimento da televisão, que afastou os pássaros juninos do seu público. Assim os pássaros foram levando, se apresentando para plateias cada vez menores e em espaços cada vez mais reduzidos.


Fonte: O Liberal

Nota

Caros amigos e colaboradores da ASAPAM,pedimos desculpas pela ausência de atualizações mas nossas contas de email e redes sociais não estavam funcionando esses últimos dias pois alguém tentou, por diversas vezes, acessar os emails e o blog e acabou bloqueando-os por excesso de tentativas erradas de senha.
Não entendemos quais as intenções desta(s) pessoa(s) com tal atitude, mas agradecemos a quem visita o blog, acredita no nosso trabalho, tem compromisso com o patrimônio cultural da nossa região e que, com certeza, tem um compromisso com a seriedade e honestidade das informações aqui postadas e divulgadas.

sábado, 9 de junho de 2012

DENÚNCIA: Prédio da Prefeitura Municipal de Bragança


Denúncia postada no facebook por Antônio Amílcar Pereira:



"Tive conhecimento que o prédio da Prefeitura Municipal de Bragança, começou a ter seus tablados roubados, igualmente como fizeram no Mâncio Ribeiro. A desculpas que dão em relação ao Mâncio Ribeiro, que o prédio é estadual e não podem fazer nada. Será que o nosso Poder Público Municipal irá deixar acontecer a mesma coisa no prédio que é de sua responsabilidade."

Link da postagem: Facebook

Belém receberá encontro Internacional de Museus

A Fundação Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira, por meio do Ecomuseu da Amazônia, promoverá, no período de 12 a 16 de junho, o IV Encontro Internacional de Ecomuseus e Museus Comunitários - EIEMC. Representantes de 19 Estados brasileiros e de países da Europa e América estão confirmados no evento. A conferência de abertura, “A Sustentabilidade e a Responsabilidade do Homem com a Preservação do Patrimônio”, será feita pelo teólogo, filósofo, escritor, professor e ecologista Leonardo Boff.

O Ecomuseu da Amazônia trabalha pela preservação e recuperação do patrimônio cultural e natural na Amazônia, especificamente na região de Outeiro, Cotijuba, Mosqueiro e Icoaraci.

Entre as personalidades que participarão do IV EIEMC, está o criador do conceito de ecomuseu, o consultor francês Hugues de Varine. Na ocasião, ele fará o lançamento de seu livro “Raízes do Futuro”.

O IV EIEMC é uma realização da Prefeitura Municipal de Belém. A solenidade de abertura do evento será às 9 horas do dia 12 (terça-feira), no Centro de Eventos Benedito Nunes, na Universidade Federal do Pará.

Fonte: Assessoria de Comunicação do EIEMC

sábado, 2 de junho de 2012

Sobre o ato público em defesa da memória

Dia 31/05/12 ocorreu em frente ao Arquivo Público do Estado do Pará o Ato em defesa da memória visando chamar a atenção da população, da sociedade civil organizada e do governo para o risco iminente de incêndio devido ao descuido com a estrutura elétrica do prédio centenário. A estrutura que abriga obras históricas, documentos do Brasil Colônia e, mais do que isso, onde pessoas trabalham, estudam e visitam todos os dias, possuiu laudos de segurança do Corpo de Bombeiros do Pará que apontam para a necessidade urgente de uma revisão/reestruturação das instalações para que os riscos não sejam cada vez maiores.

A estrutura precária do prédio, sito à rua Campos Sales, entre Manoel Barata e Treze de maio, bairro da Campina, se põe em risco centenas de anos de história documentada, vidas dos funcionários, pesquisadores e visitantes que lá vão realizar suas atividades, põe também em risco milhares de pessoas que circulam pelo comércio de Belém todos os dias.
São bancas de comércio informal, lojas de roupas, óticas, revendedoras de importados, carrinhos de lanche e refeições, lojas de colchões, até uma importante loja de departamentos cuja matriz de quatro andares está a menos de 100 metros do Arquivo Público.

Será que quem timidamente passou pela frente do prédio na manhã desta quinta feira e olhou tais manifestantes fazendo barulho pensou em tudo isso? Será que os empresários da vizinhança não pensam que, no caso de um incêndio, são seus produtos, estoques, funcionários e até si próprios que estão correndo perigo?

O ato, meus caros, não foi feito apenas para preservar os "papéis velhos" que lá se encontram. E também não foi feito para servir de palco politiqueiro como algumas pessoas podem pensar. Quem pensa desta forma, que comparecesse e compareça para verificar as reais condições e riscos que o prédio oferece à memória E ÀS PESSOAS de Belém antes de emitir juízos e de fato nada fazer.




Agradecemos a todos os participantes, em especial à Adriana Coimbra pelo empenho na organização, e que este seja apenas um início de muitos atos onde a população toma para si também a responsabilidade de fiscalizar e cobrar medidas de preservação, salvaguarda e manutenção dos nossos acervos patrimoniais.

Parabéns a todos!










Para saber mais:
http://www.portal.ufpa.br/imprensa/noticia.php?cod=6129

http://www.orm.com.br/2009/noticias/default.asp?id_modulo=197&id_noticia=593264

http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2012/05/manifestantes-denunciam-abandono-do-arquivo-publico-do-para.html

http://www.diarioonline.com.br/noticia-203625-abandono-do-arquivo-publico-inspira-protesto.html


Texto de Renata Barros.