sábado, 11 de julho de 2015

DENÚNCIA: Os belos Casarões construídos no auge da borracha entram em ruínas em Manaus (AM).

O resultado da atitude é a insegurança por parte de moradores que convivem próximo a esses locais praticamente abandonados.

Caminhar pelo Centro Histórico da capital é uma viagem ao passado, no entanto, algumas paisagens podem revelar um presente carregado de descaso. É o caso de imóveis com fachadas históricas que vem se deteriorando com o tempo e ainda pertencem a pessoas vivas.

O resultado da atitude é a insegurança por parte de moradores que convivem próximo a esses locais praticamente abandonados.

O imóvel de número 472, localizado na avenida Joaquim Nabuco, Centro, é um exemplo. O que antes era um conhecido casarão pertencente a uma família portuguesa, hoje é apenas uma construção com a estrutura seriamente comprometida.

É o que conta o responsável por um estacionamento, Marcos Brito, 59. Ele paga um aluguel ao atual dono do local – identificado apenas como “José” – e contou um pouco sobre a história da residência.

“Aqui morava a família Grosso, de Portugal. O pai da família era dono de uma padaria e gostava muito de festas. As pessoas contam que toda semana essa casa ficava cheia de gente. Ele morreu e a casa foi vendida, porém o dono não mora aqui”, relatou Brito.

DESCASO
Um resultado visível da falta de reformas no imóvel é a perda de aspectos históricos da estrutura. Trepadeiras, mato e vários objetos hoje tomam conta do local. O assoalho de madeira, que antes sustentava o piso da residência, está com a base em decomposição, assim como tijolos que cobrem uma antiga entrada e janela e a tinta descascada das paredes.

A comerciante Marta Soares, 45, afirma que a situação é ainda pior em outras duas casas ao lado do casarão. Uma delas, por exemplo, ainda possui uma placa indicando uma antiga sede do Governo do Estado de Roraima.

“Isso aqui é perigoso. Os ladrões e drogados se aproveitam pra se esconder aí. O pior é que se comprarem, vai vir alguém pra dizer como é pra fazer… É muita burocracia”, disse ela.

Casarões abandonados no Centro de Manaus poderiam revelar muito da história da cidade

AUXÍLIO
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Amazonas informou que entre os programas a oferecer incentivos fiscais aos proprietários de imóveis no Amazonas está o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac).

O programa está com edital aberto até novembro  pelo Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (SalicWeb), disponível no site do Ministério da Cultura.

REPASSE
De acordo com o Ministério da Cultura, R$ 300 milhões foram destinados a proprietários de imóveis em áreas tombadas pelo Iphan em 2015, no entanto, segundo a superintendência regional, o Amazonas não esteve incluído no repasse neste primeiro momento.

centro
Fonte: A Critica 

quinta-feira, 9 de julho de 2015

SEMANA DO PATRIMÔNIO PARAENSE: Evento anual realizado pela ASAPAM é finalista da 28ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade.

Nos dias 28 e 29 de julho, a Comissão Nacional do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade irá se reunir, em Brasília, na Sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), para escolher os oito vencedores. No total, foram habilitados 234 projetos, encaminhados às comissões estaduais, realizadas nas superintendências do Iphan nos estados. Desta segunda triagem, saíram as 57 ações que irão para a avaliação final. 

No Pará foram avaliadas 10 propostas, sendo quatro projetos selecionados para concorrer na etapa nacional. Na categoria I: Cinemateca Paraense e Restauração e Conservação Igreja do Carmo; Na Categoria II: Semana do Patrimônio Paraense e Ginga e Resistência da Baixada.

A reunião da Comissão Nacional ocorre em dois dias para que haja uma análise rígida e aprofundada sobre cada proponente. Cada uma das ações é julgada por dois jurados diferentes para que, assim, estimule-se o debate e a contraposição de visões. Após as deliberações, segue-se para a votação das ações, da qual sairão quatro vencedores em cada uma das categorias, totalizando oito premiados.

O júri é composto de representantes de universidades, institutos ligados à cultura, de setores do poder público e da sociedade. O intuito é fazer com que o Prêmio esteja em consonância com os rumos das políticas culturais que, cada vez mais, adotam formatos de participação democrática. Com isso, há um envolvimento dos diversos atores sociais, permitindo um processo avaliativo de múltiplas perspectivas, importante para compreender as manifestações culturais brasileiras que carregam essa diversidade. 

Ao final do processo, serão oito projetos vencedores em todo o país, representando ações de relevância pública para a proteção patrimonial, com pelo menos uma das fases tendo sido realizada no ano de 2014. Os vencedores receberão o prêmio de R$ 30 mil cada.

SEMANA DO PATRIMÔNIO PARAENSE

Desde sua fundação, em 20 de Novembro de 2010, a Associação dos Agentes de Patrimônio da Amazônia – ASAPAM, membro da Rede Casas do Patrimônio Pará, buscava elaborar uma ação que culminasse em apresentar atividades referentes à promoção do patrimônio cultural paraense, realizada por diversas instituições públicas e privadas, além de grupos ou indivíduos da sociedade civil. A partir desta ideia surgiu a SEMANA DO PATRIMÔNIO PARAENSE, que foi idealizada para comemorar o dia do Patrimônio Histórico e Cultural do Estado do Pará, o qual ocorre no dia 5 de novembro, sancionado pelo governo estadual por intermédio da Lei nº 7.515, de 28 de abril de 2011.

A primeira SEMANA DO PATRIMÔNIO PARAENSE ocorreu em novembro de 2011 e já está na sua quarta edição. A cada ano um tema macro é abordado durante o evento e são convidados a participar vários especialistas que tenham envolvimento com a área de Patrimônio Cultural, além da abertura de inscrições de comunicações correlatas ao tema. O evento ocorre sem nenhum financiamento e é realizado em parceria com algumas instituições que fornecem materiais para distribuição e/ou espaços para a realização do evento.