quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Semana do Patrimônio Paraense


A Associação dos Agentes de Patrimônio da Amazônia promoverá entre os dias 3 e 5 de novembro a Semana do Patrimônio Paraense, em comemoração ao Dia do Patrimônio Histórico e Cultural do Estado do Pará (5 de novembro), sancionado pelo governo estadual, por intemédio da Lei de n° 7. 515, de 28 de abril de 2011.
A Lei tem por objetivo incluir no calendário paraense o dia 5 de novembro como uma data para lembrar a importância de valorização do patrimônio local e da promoção de ações de conscientização da população sobre a relevância dos símbolos culturais do Estado.
Para celebrar a data, a ASAPAM realizará uma programação constituída de mesas-redondas e palestras, além de apresentações de trabalhos desenvolvidos nas áreas do patrimônio cultural. O evento terá como tema "Linguagens, Espaços e Difusão do Patrimônio Cultural Paraense", e pretende reunir o maior número possível de pessoas interessadas na promoção de debates em torno da cultura local.
Os interessados em participar com a apresentação de trabalhos devem clicar nos links abaixo para obter maiores informações sobre o evento: 

O evento:



Ficha de Inscrição:
 

Modelo do Resumo:







 Por Anna Raquel Castro -  Comunicação ASAPAM

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Primavera dos Museus começa hoje em 310 cidades

Uma retrospectiva sobre a reconstrução do traje feminino nos anos 80 e 90. Uma apresentação musical e uma palestra que voltam ao século XIX e destacam mulheres compositoras na história da música brasileira. Relatos sobre a vida de personagens femininas da cultura brasileira que lutaram e continuam na lida pela concretização de ideias e desafiam as previsões e o cotidiano de impossibilidades. Esses são alguns dos destaques da programação do Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA), que começa hoje e segue até o dia 25 de setembro, quando mais de 500 instituições em 310 cidades brasileiras se organizam para celebrar a importância feminina na construção da sociedade na 5ª Primavera dos Museus.
A 5ª Primavera é um evento realizado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/Minc) e vai discutir como o gênero, a mulher e o feminino estão sendo pensados na contemporaneidade, além de valorizar a história e o papel da mulher no setor, através do tema “Mulheres, Museus e Memórias”. O objetivo é sensibilizar as instituições museais e a comunidade para o debate sobre temas da atualidade. Uma ampla e diversificada programação movimentará a semana dedicada aos museus de todo país. Seminários, exposições, oficinas, espetáculos musicais, de teatro e de dança, mesas-redondas, visitas guiadas, gincanas, atividades recreativas e exibições de filmes compõem a agenda.
Hoje, os alunos da Escola de Música da Universidade Federal do Pará apresentam, às 10h, um musical com composições de artistas do século XIX, cujo trabalho será explorado no próximo dia 24, na palestra “Mulheres compositoras do acervo musical de Vicente Salles”, numa abordagem histórica da mulher como compositora na época.

A partir de hoje, o Museu da UFPA também recebe a mostra “Mulher, Moda e Memória”, onde o público poderá conferir o desenrolar da forma de vestir o corpo feminino nos anos 80 e 90. A exposição fica aberta até 25 de setembro, das 10 às 17h. No dia 22, os debates se concentram na palestra “As Tramas da História das Mulheres na Ousadia das Lutas e no Desafio da Memória”.
As histórias das mulheres também serão discutidas e compartilhadas em outros lugares de Belém e do Pará. No Ponto de Memória da Terra Firme haverá palestras e relatos das protagonistas das lutas e conquistas por moradia, segurança, saneamento básico e cultura em um dos bairros mais carentes e populosos da Região Metropolitana de Belém. O Ponto de Memória é uma entidade que se propõe a resgatar e preservar a trajetória dos moradores do lugar, em especial das mulheres, sempre atuantes e líderes das movimentações sociais da comunidade.
Hoje, o Ponto de Memória promove a palestra “Mulheres, Museus, Memórias e Cidadania na Terra Firme”. Amanhã, as mulheres que moram ou já viveram no bairro, contam suas batalhas cotidianas como líderes de movimentos sociais.
É o caso de Maria José Dutra, 60. Maria é professora aposentada, sindicalista, representante do Fórum Metropolitano de Reforma Urbana e vive uma guerra particular e coletiva com o poder público, que na maioria das vezes não comparece para cumprir seu dever.
Maria gosta de dizer que luta pelo direito de se apropriar da cidade. Criada no interior de Bragança, na comunidade Campo de Baixo, onde só era possível estudar até a quarta série, ela se habituou a vencer obstáculos cotidianos. Migrou do campo para a capital paraense na década de 70. Estudou, trabalhou, lutou. Viveu. Teve cinco filhos, nunca casou. Não por escolha, mas ‘por falta de sorte’. Em 87, 14 anos depois de parar os estudos, ela passou no vestibular em Letras, na Universidade Federal do Pará (UFPA). E tudo sempre muito atarefada com o compromisso de fazer as mulheres entenderem que podem e devem tomar as rédeas do próprio destino.
“Enquanto você fica dentro de casa, você não pode ter a sensação de pertencimento à cidade. Você tem que ter a audácia de dizer que a cidade é sua. No que se refere à mulher, a gente tenta instruir essas mulheres de que elas têm que se respeitar, buscar conhecimento, sair da
ociosidade, buscar algo para si. Eu vivia uma eterna busca, pegava informação em revistas velhas, jornais de outro dia, o que dava, fiz vestibular quando eu tinha 36 anos. Fui mãe solteira todo esse tempo”, diz Maria, numa tentativa de instigar outras mulheres com seu próprio exemplo.

Programação:

HOJE
Música: Apresentação musical de época “Mulheres compositoras” pelos alunos da Emufpa.
Local: Jardim do MUFPA.
Hora: 10h às 11h.

AMANHÃ
Teatro. Apresentação de peça teatral pelo grupo da Escola de Teatro Sala da UFPA. No Jardim do MUFPA. 10h e 17h.

SÁBADO, 22
Palestra: “As Tramas da História das Mulheres na Ousadia das Lutas e no Desafio da Memória”. Palestrante: Profa. Luzia Álvares. Na sala de Palestra do MUFPA, às 9h.

SEGUNDA, 24
Palestra: “Mulheres Compositoras do Acervo Musical Vicente Salles”. Importância da mulher como compositora no contexto histórico do séc.19. Palestrante: Prof. Jonas Arraes. Na Biblioteca do MUFPA, às 10h

DE HOJE A 25 DE SETEMBRO
Mostra: “Mulher, Moda e Memória”. Retrospectiva de reconstrução vestimental dos anos 80 e 90. Curadoria: Msc. Almira Martins. Na Sala de Multiuso, de 10h às 17h.

Fonte: www.diarioonline.com.br  19/09/2011

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Cine Olympia pode se tornar patrimônio cultural

Um Projeto de lei apresentado na Câmara Municipal de Belém pretende tornar o Cine Olympia exclusivamente e permanentemente um centro de exibição audiovisual. A proposta, do vereador Abel Loureiro (DEM), prevê que o município será o responsável por promover, garantir e incentivar a preservação, conservação, proteção e tombamento do Cinema que marcou época na vida intelectual de Belém. O projeto também autoriza a prefeitura municipal de Belém a desapropriar o imóvel, que faz 100 anos em 2012. Tornando-o assim Patrimônio Histórico e Cultural de Belém.

O cinema foi inaugurado no dia 24 de abril de 1912, fruto do governo de Antônio Lemos e influenciado pela Belle Époque. “A cidade vivia o período áreuo da borracha, cenário de grade riqueza, proporcionando novos hábitos. Hoje a importância do Cinema é tamanha que merece ser considerada patrimônio cultural de Belém”, destacou o vereador.

A fundação do Cine Olympia em Belém aconteceu no momento em que o cinema mudo vivia seu auge. A sala era considerada uma das melhores, mais luxuosas e modernas de seu tempo. Em 2006, o Cine Olympia correu o risco de ser fechado. A justificava era a baixa arrecadação com as exibições, que não estavam mais cobrindo os custos de manutenção. No entanto, o possível fechamento mobilizou a sociedade civil e alguns políticos paraenses. A Prefeitura de Belém fechou então um acordo com Luiz Severiano Ribeiro Neto, diretor do grupo nacional Severiano Ribeiro, que administrava o Olympia, para que o cinema se transformasse em um espaço municipal cultural.

Com o acordo, o Olympia tornou-se um centro multicultural de exibição de filmes fora do circuito - a exemplo do cine Líbero Luxardo e do teatro Maria Sylvia Nunes - e de difusão da arte e cultura regionais paraenses. Porém, sem aspctos que garantissem o local como patrimônio cultural.

Em 2012, quando completar 100 anos de história, a sala poderá ser considerada o mais antigo cinema em funcionamento do mundo, fato que pode garantir a entrada no Guiness Book.

Fonte: Ascom Abel Loureiro 14/09/2011